Doutorado ao Patriarca Bartolomeu I

Este centro acadêmico tem a sede em Loppiano (Itália), fundado por Chiara Lubich para ocupar‐se, com pertinência e incisividade, da transição cultural em ato. A solenidade será realizada no dia 26 de outubro, às 17h, no Auditorium do Centro internacional de Loppiano.

Pioneiro do diálogo ecumênico e construtor da paz, o Patriarca tornou‐se referência no complexo panorama contemporâneo. De grande importância histórica algumas recentes etapas nas quais ele foi protagonista do caminho de unidade em diversas frentes: a declaração conjunta com Papa Francisco, redigida na conclusão da peregrinação em Jerusalém, no dia 25 de maio de 2014, na qual subscreveram o empenho das respectivas Igrejas “em direção da unidade para a qual Cristo Senhor rezou ao Pai, ‘a fim de que todos sejam um’”; a sua presença no Vaticano, no dia 8 de junho de 2014, junto ao presidente Abu Mazen e ao presidente Shimon Peres, para rezar com o Papa pela paz na Terra Santa. Bartolomeu I é também conhecido como líder espiritual do movimento cristão pelo ambiente. O seu pensamento foi amplamente citado pelo papa Francisco na encíclica Laudato Si’. No próximo dia 3 de dezembro, em Paris, por ocasião da Conferência da ONU sobre a mudança climática, foi confiada ao Patriarca a homilia da celebração ecumênica pela salvaguarda da Criação, na catedral de Notre‐Dame.

A motivação do Doutorado h. c. – “Atualmente o mundo necessita de pessoas que buscam a unidade da família humana – afirmou o teólogo Piero Coda, presidente do Instituto Universitário – “e o Patriarca desenvolve uma constante e iluminada ação a serviço de uma cultura que mira a recolocar a fraternidade no centro da história da humanidade”. A motivação especifica que: “o Patriarca ecumênico de Constantinopla afirmou‐se como pessoa convicta e ativa, como protagonista no caminho ecumênico em direção a plena unidade dos cristãos e no diálogo entre as pessoas de diferentes religiões e convicções, distinguindo‐se na promoção da justiça, da paz, do respeito ao ambiente e à natureza, em conformidade com a visão da humanidade, da história e do cosmo, protegida e atualizada pela tradição espiritual e teológica do Oriente cristão”.

O Patriarcado ecumênico de Constantinopla e o Focolare – A história iniciou com o encontro do Patriarca Atenágoras I e Chiara Lubich. Ela mesma narrou: “Ele me recebeu no dia 13 de junho de 1967 e me acolheu como se fossemos conhecidos desde sempre. E quis que eu lhe falasse sobre os contatos do Movimento com os luteranos e anglicanos”. Aconteceram depois 23 encontros, entre os anos de 1967 a 1972, de Atenágoras I com a fundadora dos Focolares que, desta forma, tornou‐se mensageira entre o Papa Paulo VI e o Patriarca. Os relacionamentos continuaram com o seu sucessor, Demétrio I. Os contatos com o atual Patriarca ecumênico Bartolomeu I prosseguiram no mesmo espírito de amizade espiritual. Poucos dias antes da morte de Chiara (14 de março de 2008), Sua Santidade Bartolomeu I a visitou no Hospital Gemelli, em Roma. Naquela ocasião, ele disse: “Eu quis vir aqui para trazer a minha pessoal saudação e a do Patriarcado ecumênico de Constantinopla à caríssima Chiara Lubich, que tanto deu e dá, com a sua vida, à Igreja inteira. Com muita boa vontade eu também dei, com reconhecimento, a minha benção. Eu fiquei feliz por tê‐la encontrado”. Dois anos depois, no Fanar, ele acolheu Maria Voce, recém‐eleita presidente dos Focolares. Ele disse: “Deo gratias pela amizade de vocês, pela visita que nos fazem, pelos frutos do Movimento de vocês e pela continuação desta obra de Deus que dá glória ao Seu nome”.

A cerimônia de entrega do título insere‐se no contexto do aniversário da fundação da Mariápolis de Loppiano e constitui outro elo na relação de estima e colaboração entre o Patriarcado de Constantinopla e o Movimento dos Focolares. O evento será transmitido ao vivo, via Internet: www.loppiano.it